Foi um sucesso a 5ª edição da Primavera do Teatro e a 3ª Mostra de Teatro Amador – Maia ao Palco. O evento decorreu entre 22 e 27 de Março, como forma de assinalar o Dia Mundial do Teatro. E de acordo com José Leitão, director do Art’Imagem, os resultados foram muito positivos. Não só houve um número considerável de público a assistir aos espectáculos, como também foi possível reforçar o apoio aos grupos de teatro amador do concelho, dando-lhes a oportunidade de dar a conhecer o seu trabalho e de os apresentarem fora de casa, em outros palcos.
Ao todo, foram seis os espectáculos de teatro que passaram pelo palco do grande auditório do Fórum da Maia, assistidos por cerca de 850 pessoas. Uma média de 150 pessoas por apresentação. “Todos os espectáculos surpreenderam pela positiva. Apresentavam propostas muito contemporâneas sobre o teatro, com gente nova. Mesmo o espectáculo mais tradicional, uma revista à portuguesa, apresentou muita gente nova e pautou-se por uma qualidade de encenação bastante interessante”, concluiu José Leitão.
A estreia da Oficina de Teatro Sénior da Maia, no Dia Mundial do Teatro, “foi uma surpresa agradável”. Refira-se que a oficina tem actores dos 60 aos 80 anos de idade. “Foi um espectáculo muito aplaudido. A professora Micaela Barbosa aproveitou as potencialidades dos actores, as suas memórias, e apresentou um espectáculo muito interessante e divertido, sobre as antigas profissões”, elogiou o director do Art’Imagem. A Oficina de Teatro Sénior da Maia foi, desta forma, uma aposta ganha.
Jornadas de reflexão
Pela primeira vez, e inseridas no programa da Primavera do Teatro, o Fórum da Maia recebeu durante dois dias as Jornadas de Reflexão Teatral Luso-Galaicas, “que foram muito profícuas”, sublinhou José Leitão.
Reuniu responsáveis dos dois maiores festivais de teatro do Norte de Portugal (Maia) e da Galiza (Cangas), assim como companhias e entidades oficiais das duas regiões. Destas jornadas saíram algumas ideias para o “reforço” das relações de parceria já existentes entre as duas regiões (Norte e Galiza”. Nesse sentido, José Leitão vai deslocar-se nas próximas semanas, à Galiza para um encontro com o director da Mostra de Teatro de Cangas, “para fazer um documento reivindicativo que reflecte as posições tomadas no encontro, e depois enviar esse documento às entidades oficiais e governamentais da cultura das duas regiões”. No documento constarão algumas “exigências” para que sejam tomadas “medidas urgentes” para um maior apoio das entidades culturais às companhias de teatro. O documento a elaborar pretende “obrigar essas entidades a darem resposta oficial e a avançarem com programas que acrescentem apoios internacionais para que estes contactos entre as grandes regiões europeias, não fiquem apenas pela boa vontade e voluntarismo das companhias de teatro”, explicou José Leitão.
É que de acordo com o director do Art’Imagem, “a maior parte das entidades governamentais, não têm a mínima ideia do que se passa no terreno, avançam muitas vezes com um conjunto de medidas sem sequer ouvir as pessoas que no terreno têm vindo a trabalhar”. Dá como exemplo, o Ministério da Cultura, a Direcção Geral das Artes, e a própria CCDR Norte, que “pouco ou nada sabem” sobre o que se faz, ao nível da cultura, no Norte de Portugal e Galiza. “Vão continuar, com certeza, os contactos entre os galegos e o Norte de Portugal, porque os directores das companhias conhecem-se e trocam espectáculos, mas de vez em quando há programas que são avançados sem terem esta realidade. É preciso que as entidades oficiais tenham em conta isso”, reforçou.
Fernanda Alves
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A saia da Carolina
Tem um lagarto pintado
Sim Carolina ó - i - ó - ai
Sim Carolina ó - ai meu bem
Tem cuidado ó Carolina
Que o lagarto dá ao rabo
Sim Carolina ó - i - ó - ai
Sim Carolina ó - ai meu bem
A saia da Carolina
Não tem prega, nem botão
Tem cautela, ó Carolina
Não te caia a saia no chão
A saia da Carolina
Uma barra encarnada
Tem cuidado ó Carolina,
Não fique a saia rasgada
A saia da Carolina
É da mais fina combraia
Tem cautela ó Carolina
Que o lagarto leva-te a saia
A saia da Carolina
Foi lavada com sabão
Tem cuidado, ó Carolina
Não lhes deixes por a mão
A saia da Carolina
É curta e das modernas
Tem cuidado ó Carolina,
Que ela não te tape as pernas.
Lá num país cheio de cor. Nasceu um dia uma abelha,
Bem conhecida p’la amizade
Pela alegria e p’la bondade.
Todos lhe chamam a pequena abelha Maia,
Fresca, bela, doce abelha Maia.
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade.
Não há tristeza para a nossa abelha Maia,
Tão feliz e doce, abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti.
Numa manhã ao passear
Vi uma abelha numa flor,
E ao sentir que me olhou
Com os seus olhitos de cor.
E esta abelha era a nossa amiga Maia
Fresca, bela, doce abelha Maia
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade
Não há tristeza para a nossa abelha Maia
Tão feliz e doce, abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti.
Abelha Maia - Genérico.mp3 (1,7 MB)