Páscoa é introspecção, reunião de família, doces e descanso. E porque não experiências novas? A nossa proposta vai para experimentar uma modalidade inovadora em Portugal. Chama-se Girevoy Sport e utiliza como ferramenta de treino as “kettlebells”. São dois termos que estão a invadir a prática desportiva nacional… a partir do Porto.
Originárias da Rússia, onde eram usadas por feirantes, agricultores e pessoas do circo, nos séculos XVII e XVIII, as “kettlebells” – uma espécie de bola de canhão com uma alça – começaram a ser usadas como ferramenta de treino e passaram a modalidade desportiva, muito popular na antiga União Soviética (URSS). Eduardo Fonseca, instrutor de musculação e personal trainer, descobriu-as em 2007. Na altura, recorda, procurava “novas ferramentas” e sobretudo “treinos alternativos, que fossem rápidos, de curta duração, eficazes, intensos e motivadores”. E porque além de eficazes são de fácil transporte, “divertidas, motivadoras e ao mesmo tempo intensas”, diz tratar-se da “ferramenta ideal”.
A descoberta foi passando do “coach” a amigos e clientes, aproveitando as redes sociais para uma maior divulgação das “kettlebells” e interesse crescente pela ferramenta. Dos computadores para a prática foi um instante. E à vista de todos. Foi assim no Parque da Cidade, durante três meses, com aulas gratuitas aos sábados, para quem quisesse experimentar e com uma média de seis a dez pessoas. Salienta Eduardo Fonseca que “as pessoas adoraram a experiência”, ao ponto de algumas ficarem adeptas e, “agora, não trocam as ‘kettlebells’ por nada”.
Seguiram-se os treinos em casa do mentor da ideia, mas “com mais de quatro alunos necessitávamos de um outro espaço”, justifica. Esta necessidade, a par da ideia de ter Portugal representado na prática de Girevoy Sport, resultou na criação do Portugal Kettlebell Club – KClub (https://portugalkettlebellclub.wordpress.com/), o primeiro em Portugal especializado em “kettlebells”. A escritura foi feita em Dezembro do ano passado e o espaço na Rua de Pereiró abriu a 2 de Janeiro. Ali é possível usar as ‘kettlebells’ como modalidade desportiva ou em programas de treino específico (personal trainer, aulas de grupo ou reabilitação).
Experiência gratuita
Sendo uma “novidade”, há quem esteja ainda renitente. Principalmente as pessoas que “preferem pagar grandes quantias para ter as confortáveis máquinas dos health clubs e ginásios da moda”, lamenta Eduardo Fonseca, para quem a formação é uma constante. O instrutor sabe que o reconhecimento enquanto professor também passa pela evolução na modalidade, por isso, nada melhor do que a competição a nível internacional. Com o clube formalizado, ele próprio e Doroteia Gomes representaram Portugal na Irlanda, a 26 de Março, nas vertentes de “long cycle” e “sprint. E com a subida ao pódio logo na estreia. Na prova organizada pela Associação Europeia de Girevoy Sport (EGSA) e pelo Kilkenny Kettlebell Club, Doroteia Gomes conquistou a medalha de bronze em 1x12Kg-1 Arm Long Cycle. Já Eduardo Fonseca foi quinto em 2x16Kg Long Cycle.
Segue-se, entre os dias 13 e 18 de Abril, a presença do KClub no “WKC Greece Boot Camp”, em Loutraki, na Grécia. Por cá, as formações têm sido frequentes, não só no Porto como em Lisboa. E há mais na agenda do clube. Destaque para a primeira certificação de instrutores, nos dias 4 e 5 de Junho, e um seminário que deverá contar com um profissional estrangeiro, no início de Outubro.
Para quem ainda não experimentou, o responsável pelo KClub acrescenta algumas das vantagens das “kettlebells”. Ao fácil transporte e consequente facilidade de guardar e arrumar, juntam-se as mais-valias ao nível do exercício físico. Ao envolverem todo o corpo e vários grupos musculares, os movimentos com esta ferramenta de treino “obrigam a uma maior consciência corporal, estabilização, coordenação, melhoram os índices de força e ao mesmo tempo a resistência, melhoram a flexibilidade articular”. Simultaneamente, fortalecem as ligações articulares, as forças angulares e o toque.
Todas estas sensações já estão disponíveis em Portugal, mais precisamente, no Porto. Seja nas instalações no clube – com uma primeira experiência gratuita – ou nas aulas ao ar livre que se repetem no próximo Verão.
Marta Costa
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A saia da Carolina
Tem um lagarto pintado
Sim Carolina ó - i - ó - ai
Sim Carolina ó - ai meu bem
Tem cuidado ó Carolina
Que o lagarto dá ao rabo
Sim Carolina ó - i - ó - ai
Sim Carolina ó - ai meu bem
A saia da Carolina
Não tem prega, nem botão
Tem cautela, ó Carolina
Não te caia a saia no chão
A saia da Carolina
Uma barra encarnada
Tem cuidado ó Carolina,
Não fique a saia rasgada
A saia da Carolina
É da mais fina combraia
Tem cautela ó Carolina
Que o lagarto leva-te a saia
A saia da Carolina
Foi lavada com sabão
Tem cuidado, ó Carolina
Não lhes deixes por a mão
A saia da Carolina
É curta e das modernas
Tem cuidado ó Carolina,
Que ela não te tape as pernas.
Lá num país cheio de cor. Nasceu um dia uma abelha,
Bem conhecida p’la amizade
Pela alegria e p’la bondade.
Todos lhe chamam a pequena abelha Maia,
Fresca, bela, doce abelha Maia.
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade.
Não há tristeza para a nossa abelha Maia,
Tão feliz e doce, abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti.
Numa manhã ao passear
Vi uma abelha numa flor,
E ao sentir que me olhou
Com os seus olhitos de cor.
E esta abelha era a nossa amiga Maia
Fresca, bela, doce abelha Maia
Maia voa sem parar
No seu mundo sem maldade
Não há tristeza para a nossa abelha Maia
Tão feliz e doce, abelha Maia
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti
Maia, eu quero-te aqui
Maia (Maia), Maia (Maia), Maia vem fala-nos de ti.
Abelha Maia - Genérico.mp3 (1,7 MB)